"Só nos tornamos adultos quando perdemos o medo de errar. Não somos apenas a soma das nossas escolhas, mas também das nossas renúncias. Crescer é tomar decisões e depois conviver em paz com a dúvida. Adolescentes prorrogam suas escolhas porque querem ter certeza absoluta – errar lhes parece a morte. Adultos sabem que nunca terão certeza absoluta de nada, e sabem também que só a morte física é definitiva. Já 'morreram' diante de fracassos e frustrações, e voltaram pra vida. Ao entender que é normal morrer várias vezes numa única existência, perdemos o medo – e finalmente crescemos."


(Martha Medeiros)

a lonely september

"Well I didn't mean for this to go as far as it did
And I didn't mean to get so close and share what we did
And I didn't mean to fall in love, but I did
And you didn't mean to love me back, but I know you did"

A lonely september - Plain White T's

Indecisão

Já pararam pra pensar como é difícil fazer escolhas nessa vida? Eu SEMPRE odiei. Me pediram pra escolher se eu queria mudar de cidade, eu nunca soube, mas mudei mesmo assim. Me perguntaram em qual escola eu queria estudar, não sabia o que dizer, mas me habituei mesmo assim. E na escolha de qual curso eu queria fazer na universidade não poderia ser diferente. Às vezes penso que estou sendo levada por escolhas que não são realmente minhas. Mas eu estou feliz com tudo isso, com tudo o que passei e com os caminhos que trilhei. De alguma forma, moldaram minha personalidade, que talvez seja apenas uma enganação de quem eu deveria ter escolhido ser.
No entanto, ainda não consigo me decidir sobre as coisas que gosto. Por exemplo: eu adoro sorvete de chocolate e adoro sorvete de flocos, então não me peça pra escolher, porque acho que gosto na mesma proporção. É tipo assim, quero ter tudo ao mesmo tempo. Quero poder curtir o sol e também tomar um bom banho de chuva. Quero sentir o calor, mas também quero o frio. Quero ler o livro e ver o filme também. Quero um e outro. Quero menos e quero mais.
Hoje, mais do que todos os dias, gostaria de poder tomar uma decisão clara sobre certos fatos da minha vida. Antes eu não podia me responsabilizar muito pelas escolhas, afinal eu era uma criança e depois uma adolescente inconsequente. Mas agora sou uma adulta (pelo menos é o que a sociedade e meu RG dizem) e por isso tenho que ser responsável por cada coisa que faço, por cada passo, por cada palavra, por cada pessoa que eu cativo na vida.
É, essa parte é a mais difícil. Quando além de afetar a nós mesmos, nossas não-escolhas estão afetando as outras pessoas. Para mim é mais difícil ainda, pois eu sofro junto, a minha parte e a parte do outro. Esses dias me pediram pra fazer mais uma escolha, uma que talvez fosse mudar a minha vida demais, e, não sei se por comodismo, insegurança ou burrice, decidi continuar com as coisas do jeito que elas estão. Talvez não tenha sido o melhor, talvez eu me arrependa depois (acho até que já me arrependi), talvez eu possa mudar as coisas. Estou tentando apenas pensar que foi o melhor pra mim, que foi o melhor para os outros. E não quero tomar nenhuma decisão tão cedo.


"Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas"
(Antoine de Saint-Exupéry)

ele chegou!

Não existem regras que você possa seguir, não existem manuais que ensinem como você deve reagir. Quando o amor chega você sempre estará distraída e com a alma desarmada. É isso. Ele veio pra ficar. Ele não pede licença, se joga no sofá da sala, liga a tv e você apenas olha e pensa como é bom tê-lo ali. Você que há alguns meses atrás jurou não querer mais ninguém, você que disse que de agora em diante seguiria carreira solo, agora se encontra nessa situação. O amor chegou e quer ficar. É difícil dizer o que você deve fazer neste momento, é difícil aceitar tamanha felicidade. Mas eu te garanto, isso tudo é seu, o amor não bate em portas erradas, ele sempre sabe onde deve ir, e ele quer fazer morada nos melhores lares. Então, aproveita!

"I'm thinkin' bout how

People fall in love in mysterious ways"

(Ed Sheeran)

guarda-chuva

"Porque eu te encontrei, da forma mais esdrúxula e inesperada. E me apaixonei pelo cheiro e pelo balanço meigo e suave dos seus quadris. E como duas sacolas plásticas que se enroscam na cidade, no meio do caos, movidos por um breve redemoinho pré-chuva, a gente resolveu que ia se amar. E ninguém sabe melhor sobre nós, que nós. Ninguém poderia me dar um só argumento pra que eu devesse ficar com você. Quem dirá essa gente lá fora, cheias do Complexo de Romeu e Julieta."

(Gabito Nunes in Guarda-chuva)