sábado, 8 de dezembro de 2012


sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

...




"Se eu faço uma ou muitas coisas por você é de coração. Não tenho necessidade de me afirmar, tampouco de gritar aos quatro ventos como sou boa, o quanto ajudo as pessoas, como me sacrifico por sua causa. Faço porque te amo. E isso basta. Faço porque você é importante pra mim. E isso me é suficiente. Me entristece ver essa mania mesquinha e pequena das pessoas de precisar de troféu, medalha ou qualquer tipo de reconhecimento. Fazer de coração e ficar em paz deveria bastar, pois essa é a melhor recompensa."

(Clarissa Corrêa)

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

eu me perdoo

 
Eu me perdoo porque em vários momentos, fui injusta com vocês, comigo. Deixei que as minhas expectativas se tornassem exigências e julguei pessoas inteiras por causa de uma única atitude. Eu me perdoo porque na tentativa diária de acertar, cometi inúmeros erros por medo de errar. Fui áspera quando estava assustada e precisava pedir abraço, ajuda. Fui dócil por interesse, por necessidade de ser aceita para minha falsa completude. Eu me perdoo porque, não estando inteira para mim, doei fragmentos do que eu tinha, fui cínica com a minha poesia, falei de amor quando o que eu sentia era carência. Eu me perdoo por tantas vezes, não perdoar tua displicência, invadir tua individualidade, reclamar tua ausência. Eu me perdoo pela falta de compreensão e paciência com as minhas limitações e com as suas. Eu me perdoo por tirar a roupa quando você queria me sentir emocionalmente mais explícita, não apenas me ver nua. Eu me perdoo por ter me anestesiado tanto tempo e desrespeitado minha angústia, negligenciado qualquer aprendizado que trouxesse sofrimento. Eu me perdoo por rasurar com minhas autocríticas, os meus melhores momentos. Eu me perdoo porque sou imperfeita e humana, mas já pretendi a perfeição do Outro, mesmo não havendo importância ou a possibilidade disto. Por querer receber aquilo que nem eu tinha para dar. Por insultar querendo que a mudança fosse alheia porque julgava ser do Outro o medo de transcender, de transmutar.


Eu me perdoo por ter vivido por tantos anos sem me perdoar.

(Marla de Queiroz)

terça-feira, 7 de agosto de 2012

ele não sabe.


"Ele não sabe mais nada sobre mim. Não sabe que o aperto no meu peito diminuiu, que meu cabelo cresceu, que os meus olhos estão menos melancólicos, mas que tenho estado quieta, calada, concentrada numa vida prática e sem aquela necessidade toda de ser amada. Ele não sabe quantos livros pude ler em algumas semanas. Não sabe quais são meus novos assuntos nem os filmes favoritos. Ele não sabe que a cada dia eu penso menos nele, mas que conservo alguma curiosidade em saber se o seu coração está mais tranqüilo, se seu cabelo mudou, se o seu olhar continua inquieto. Ele nem imagina quanta coisa pude planejar durante esses dias todos e como me isolei pra tentar organizar todos os meus projetos. Ele não sabe quantos amigos desapareceram desde que me desvencilhei da minha vida social intensa. Que tenho sentido mais sono e ainda assim, dormido pouco. Que tenho escrito mais no meu caderno de sonhos. Que aqui faz tanto frio, ele não sabe por mim. Ele não sabe que eu nunca mais me atentei pra saudade. Que simplesmente deixei de pensar em tudo que me parecia instável. Que aprendi a não sobrecarregar meu coração, este órgão tão nobre. Ele não sabe que eu entendi que se eu resolver a minha dor, ainda assim, poderei criar através da dor alheia sem precisar sofrer junto pra conceber um poema de cura. Hoje foi um dia em que percebi quanta coisa em mim mudou e ele não sabe sobre nada disso. Ele não sabe que tenho estado tão só sem a devastadora sensação de me sentir sozinha. Ele não sabe que desde que não compartilhamos mais nada sobre nós, eu tive que me tornar minha melhor companhia: ele nem imagina que foi ele quem me ensinou esta alegria."
(Marla de Queiroz)


Ele não sabe das inúmeras alegrias que tenho tido. Não sabe do quanto meu coração sofreu com o desprezo dele. Não sabe o quanto eu sou grata por ele ter saído da minha vida.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

o amor



Posso não saber nada do coração das gentes, mas tenho a impressão, de que, de tudo, o pior é quando entra a segunda parte da letra de “Atrás da porta”, ali no quando “dei pra maldizer o nosso lar pra sujar teu nome, te humilhar”. Chico Buarque é ótimo pra essas coisas. Billie Holiday é ótimo pra essas coisas. E Drummond quando ensina que “o amor, caro colega, esse não consola nunca de núncaras”. Aí você saca que toda música, toda letra, todo poema, todo filme, toda peça, todo papo, todo romance, tudo e todos o tempo todo, antes, agora e depois, falam disso. Que o que você sente é único & indivisível e é exatamente igual à dor coletiva, da Rocinha a Biarritz. O coro de anjos de Antunes Filho levanta no ar, em triunfo, os corpos mortos de Romeu e Julieta enquanto os Beatles pedem um Litlle help from my friends, e a platéia ainda aplaude e pede bis (o Gonzaguinha também é ótimo pra essas coisas). Meus amigos, abandonados para que eu pudesse mergulhar, voltaram a mil. Tem seus prazeres o fim do amor. Se é patologia, invenção cristã-judaico-ocidental-capitalista, ou maya, ego, se é babaquice, piração, se mudou-através-dos-tempos, puro sexo, carência, medo da morte: não interessa. Tenho certeza que estive lá, naquele terreno. Ele existe.

(Caio Fernando Abreu)

Eu ando tão feliz! Apesar de você não estar ao meu lado compartilhando essa felicidade comigo, mas eu sinto que você faz o que pode para me ver bem. Eu sinto tanta saudade de cada segundo contigo, vontade de repetir tudo, de novo e de novo. Não quero perder mais nada, ainda vou te ter de volta.

terça-feira, 29 de maio de 2012

a vida é agora.


Acorda dona moça, a vida passa lá fora e você fica aí olhando pra dentro, fechada no nada. Flores precisam ser coloridas, sorrisos precisam ser enfeitados, estrelas estão amontoadas num canto esperando para iluminar os beirais das janelas. Hoje, uma borboleta comentou que você esqueceu sua aquarela na esquina da praça e crianças travessas andaram brincando de pintar vidraças, achando que eram cores sem dono, sem casa. O que foi que você perdeu, que de tão distante seus olhos não veem mais nada? O que encontrou pelo caminho que a fez descolorir e cansar de sorrir? Quero pintar um coração vermelho em sua boca, para que você se recorde de falar de amor, quero vaga lumes fazendo morada nas suas pestanas para iluminar seu olhar de flor. Vem dona moça, o tempo é agora, a vida é lá fora e tudo fica sem graça sem sua risada gostosa, sem sua mistura de cor.
(Renata Fagundes)

quinta-feira, 24 de maio de 2012

 
“Mesmo num amor de linhas tortas como o nosso, o fim parece um erro, como um ponto final no meio da frase.”

(Gabito Nunes)

terça-feira, 13 de março de 2012

é sempre você.


Quero poder guardar você na minha mente para sempre. Nossos poucos momentos foram tão bons, você foi e continuará sendo uma pessoa muito especial para mim. Nada do que vivemos foi em vão, e eu gosto de pensar que você foi a melhor pessoa que apareceu na minha vida, gosto de sentir que não poderia ter feito uma escolha melhor. E mesmo depois de tudo o que passamos, de tudo o que vivi depois de você, não me arrependo da minha escolha e se pudesse, escolheria você de novo. É sempre você que vem em minha mente quando penso em sentimentos verdadeiros. Quando alguém me pergunta se já me apaixonei, você é a primeira pessoa que eu lembro. Porque embora tenhamos tido apenas alguns segundos de amor em meio a tudo o que poderíamos viver, embora tenha sido um momento efêmero nas nossas vidas, para mim foi inesquecível. Não sei o quanto você acredita nos meus sentimentos, não sei se eles são correspondidos. Mas eu não me canso de te dizer que você é o meu amor, minha metade, minha alma gêmea. É você que eu amo, é você que eu espero, é com você que sonho todas as noites, é por você que choro de saudades. Os meus desejos mais sinceros envolvem você, te incluo no futuro que planejo todos os dias, incansavelmente. E hoje, como todos os dias, só peço que você não me esqueça, e que sempre lembre de cada momento que compartilhamos com a mesma forma doce que lembro.

Alessandra Silveira.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Atos e sentimentos

Somos donos
de nossos atos,
mas não donos
de nossos sentimentos;

Somos culpados
pelo que fazemos,
mas não somos culpados
pelo que sentimos;

Podemos prometer atos,
mas não podemos prometer
sentimentos...

Atos são pássaros engaiolados,
sentimentos são pássaros em vôo.
(Mario Quintana)

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

na próxima vez


"E da próxima vez que a gente se encontrar, vou pedir para o relógio do mundo dar uma paradinha, só pra esticar esse tempo de abraço que fez meu coração pulsar de um jeito que jamais nenhum outro fará."
(Caio Fernando Abreu)

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

mudando

“Foi por sorrir tanto de graça que eu paguei tão caro por todas as coisas que me aconteceram. Às vezes me pego olhando ao meu redor e vendo tanta menina parecida comigo. Tanto sentimento gritando de bocas caladas e escorrendo de peles secas. Tanta coisa acontece com a gente. Tanta gente passa pela gente, mas tão pouca gente realmente fica. E eu sei que, talvez, eu tivesse que ficar triste. Talvez eu tivesse que continuar secando lágrimas, abraçando o vento e rindo no vácuo, mas o fato é que eu não consigo. Eu não consigo mais ser triste só para mostrar que um dia eu fui - ou achei que tivesse sido - feliz. Aprendi com os meus próprios erros que sofrer não torna mais poético, chorar não deixa mais aliviado e implorar não traz ninguém de volta. Aprendi também que por mais que você queria muito alguém, ninguém vale tanto a pena a ponto de você deixar de se querer. Eu que gritei para tantas pessoas ficarem, hoje só quero mesmo é que elas sumam de uma vez por todas. E em silêncio, que é pra ninguém ter porque se lamentar."

(Tati Bernardi)
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